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  • Foto do escritorSandra Brandão

Nós e eles

Ouvi um médico dizer que a medicina do futuro é “daqueles médicos que vão mudar a percepção do indivíduo”. Ele dizia isso porque com a robótica e inteligência artificial já é possível atuar incrivelmente, porém em algo que já aconteceu, ao passo que o médico interessado em ensinar a seus pacientes o bem viver e a contemplar o quanto seus pensamentos, palavras e ações afetam sua saúde, poderá atuar para que a doença não venha a acontecer. Disse ele: “o que mata não é o colesterol, mas a raiva e a angústia!”


Mudando de assunto, porém nem tanto, também sinto vontade de contar que, no mesmo dia, ouvi uma profissional maravilhosa falar de ESG, com toda sua bagagem de experiência e expertise de estudos e pesquisas. O que mais me encantou, no entanto, foi seu conselho a uma pessoa da plateia, que reclamava da falta de engajamento das lideranças, no sentido de que tivesse compaixão, sugerindo que observasse o quanto a maioria está com medo e cheia de crenças enraizadas para lá de sua própria geração.


Não somos nós contra eles, foi o que entendi.


No Direito, penso que é o mesmo caminho. As leis, a inteligência artificial, as estratégias, os treinamentos, os estudos ou seja lá o que for estão por aí. Creio, porém, que o grande salto do papel do advogado pode estar no seu interesse em conhecer-se a si mesmo e ao direito em seu papel integrativo.


É o Direito dentro de um contexto em que quem é o advogado importa mais do que aquilo que ele diz, escreve ou faz.

Gosto da ideia de cuidarmos uns dos outros porque somos um. A cliente que mais contesta minhas pretensões de criar contratos amparados em confiança e não em medos é a que mais me ensina a contemplar diferentes cenários, confluir com a realidade, superar meus medos e reafirmar minha aspiração.


Somos todos cheios de medos, crenças e conceitos. O ponto é, vamos continuar defendendo os nossos ou ser curiosos para conhecer uma realidade maior e interagir com intenção de ser a cura para um sistema, seja jurídico, fisiológico, psicológico ou ecológico?


Levante a mão quem está em paz, não sente medo de perder algo e com tempo sobrando para ser ou fazer o que sente ser seu propósito, do fundo da Alma.


Para quem ficou de mãozinha abaixada, talvez queira ler o que ando inventando no www.direitocomalma.com. É uma construção como reflexo de minha busca por autoconhecimento e minhas contemplações de como isso tem interferido diretamente no meu papel de advogada.




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